sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Análise - Grupo 07

Durante a primeira cena o autor Charles Chaplin já esclarece como eram os cenários econômico e social da época que se passava o filme.
A população era comparada com ovelhas sendo guiadas ao trabalho.
O chefe da indústria era o que menos trabalhava e o que mais lucrava exercendo um rígido controle sobre os trabalhadores e cobrando sempre uma grande produção. Havendo consequentemente uma grande cobrança nos horários de saída e entrada dos operários.
Há uma critica sobre a linha de montagem, um processo de produção na qual há uma divisão do trabalho fazendo com que o trabalhador saiba fazer somente aquilo que lhe foi designado não realizando qualquer outra tarefa. Isso acontece na cena que Carlitos (Charles Chaplin) atira graxa nos operários causando grande confusão, e no momento em que ele mexia na alavanca que parava/iniciava o processo, apenas um trabalhador desfazia a operação, mesmo que outros estivessem mais próximos da alavanca.
O processo industrial era tão duro que funcionava quase como num regime escravista, podemos perceber o quanto se buscava de inovações para que os trabalhadores mais produzissem sem menor perda de tempo. No filme de Chaplin essa crítica se materializa com o aparecimento de uma engenhoca que fosse usada pelos operários para suas refeições. Com aquela espécie de inovação, que mais deu problemas do que soluções percebem-se a preocupação dos senhores proprietários dessas empresas e fábricas em diminuir o tempo do almoço e utilizar o tempo economizado para que os trabalhadores imediatamente voltassem ao trabalho, com o intuito de aumentarem a produtividade.
Mostram com clareza as dificuldades das famílias dos desempregados da década de 30, filhos com fome, pais desesperados e uma necessidade de cometer atos ilícitos para obter alimentos.
Menciona as drogas quando Carlitos está preso, mostrando como elas viciam e suas conseqüências.
O social é mostrado também quando a garota é presa ao roubar um pão e quando os operários invadem as lojas de departamentos querendo se alimentar.
Chaplin reforça a frustração do não consumo em uma sociedade baseada no consumo, quando o seu personagem propõe à namorada pensar como eles seriam felizes morando em uma casa de classe média.
Enfim, um filme que critica os modos de produção capitalistas, a ambição dos burgueses e, principalmente, as condições de trabalho em que se encontravam esses trabalhadores. Esses problemas passados que ainda em parte se manifestam na atualidade. Ainda existem trabalhos escravos, empresas que os superiores abusam dos funcionários lucrando em cima do seu trabalho excessivo e ainda convivemos com a realidade dos salários baixos.

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